Quando eu era criança, tinha um amigo que se chamava Neto.
Morava em frente à minha casa e brincávamos praticamente todos os dias.
Neto era divertido e tinha brinquedos que eu adorava.
Apenas um detalhe me irritava nele; sua mãe Maria Luisa, subitamente, gritava da janela, Neto já prá casa.
Neto era simpático enquanto a mãe era carrancuda.
Neto se desdobrava para criar brincadeiras, a mãe as estragava.
Neto era leve, a mãe pesada.
Com o tempo, vamos entendendo as vicissitudes das relações e como dizia a minha mãe, tudo tem uma explicação.
Relembro desta história para resgatar uma marca com quem sempre me diverti, desde criança, a Kopenhagen.
Em meus melhores momentos de celebração, estávamos juntos.
Também me motivei a muitos desafios e algumas tarefas árduas, por uma Nhá Benta, o merengue maravilhoso.
Ainda hoje, somos ótimos companheiros em tardes de café numa de suas lojas. A marca me acolhe com suas delícias e eu a acolho com minha fidelidade.
Semana passada, a Nestlé veio a mercado e se posicionou: Já prá casa.
A marca suíça global de 157 anos convidou a filha regional de 95 anos para compor a família.
Estas uniões por conveniência sempre causam ansiedade mas também podem gerar boas trocas.
Se a mãe fabricante de alimentos quer avançar e se diversificas no varejo, a filha também pode adotar alguns bons hábitos da matriarca.
Indústrias sempre aprendem muito com o Varejo. A temperatura do balcão humaniza as linhas de produção, sempre mais áridas e técnicas.
Já o Varejo, mais informal, também pode adotar métricas e processos vindos da manufatura. Espero que esta família unida não seja vencida e que possamos nos deliciar na Suíça, em Kopenhagen ou na loja do Shopping Frei Caneca que eu adoro.
Gostei -só você mesmo para conseguir traçar estes paralelos 🙂