“O que você está fazendo sentado aí?”
Foi a pergunta que Madonna fez para o fã que assistia ao show na plateia, na última sexta-feira, em Los Angeles.
E ainda insistiu: “O que está ganhando ao ficar sentado assim?”
Ao perceber que se tratava de um cadeirante, ficou alguns segundos em silêncio para concluir, “oh…ok…entendi”.
Gafes podem acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar. Não são proibidas ou imperdoáveis, mas como bem sinalizou a rainha do pop, é preciso entender o que aconteceu e evoluir com o erro.
A sua empresa já passou por isso?
Já cometeu alguma gafe capaz de balançar a marca?
Impossível que não tenha acontecido pois toda empresa é suscetível a problemas de relacionamento.
Faz parte do show, como diria Cazuza.
Quer alguns exemplos?
- Supremacia do palco.
Quem deve estar no palco? A marca ou o cliente?
É importante que as empresas respondam com clareza para evitar protagonismo cego.
O palco evidencia a imagem mas dificulta a percepção da plateia. Por isso, cante e encante o público mas jamais se esqueça de passear pela plateia, antes e depois do show, apurando expectativas e avaliando (in)satisfações.
- Visão e escuta turbulentas.
Nenhuma empresa consegue uma visão clara de seu público. Por isso, um programa dinâmico e permanente de pesquisas é fundamental.
Ruídos constantes e frequentes vindos do mercado, da concorrência e da economia criam uma percepção enganosa. Cuidado com esses sons.
Crie canais diretos com seu público. Evite os “flashes” pontuais que podem trazer falsas certezas de diagnóstico.
- Multidão única.
Cada ser humano é único em suas características e demandas.
O atendimento “one to one” é o sonho de todas as marcas. Os avanços em CRM e bancos de dados elevaram as possiblidades desta realização.
Entretanto, a sedução das massas ainda leva muitas empresas a tratar seus clientes como uma multidão única.
Se você não sabe quem está na plateia, como vai adaptar o repertório?
Enfim, se até a Madonna derrapou nas águas do relacionamento, sua empresa também pode atolar no tratamento aos clientes.
Se a chuva pode ameaçar seu espetáculo, também pode provocar reflexões, como bem cantou a “rainha” em “Rain”.
…a chuva está vindo, sinto na ponta dos meus dedos.
Mas a chuva que ameaça, também lava e traz coisas novas.
Leva embora a dor e traz meu amor.
Que possamos aprender com os sustos dos trovões a melhor iluminar nosso show junto aos clientes.
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