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23/12/2022 | Sexta de ideias

Eu já estava deitado, tentando dormir.

Ouço um barulho no quarto.

Busco dispersar… voltar ao nada.

O som persiste.

Levanto-me, ajoelho no chão, olho debaixo da cama.

Inseto? Barata?

Encontro a tampa do perfume que havia sumido, há uma semana.

Como foi parar lá?

Aromas nos levam a lugares improváveis, desconhecidos, prazerosos.

Mas a tampa, normalmente, nos traz de volta, lembrando sempre que tudo na vida se fecha, se encerra, termina. Precisamos economizar, nos economizar?

Retomo a busca pelo barulho.

Abro a janela na esperança de que venha lá de fora.

De fato, tudo que estranhamos deve vir lá de fora. Nossas certezas são mantidas intactas quando, aqui dentro, o silencio impera.

Enquanto observo as árvores em busca do som, a vizinha me dá um “oi” sem muita convicção.

Deve ter estranhado minha atitude suspeita de quem perdeu algo e não sabe o quê.

Gosto desta vizinha. Somos diferentes em jornadas, horários mas nos respeitamos a uma boa convivência.

Acho até que temos um carinho especial pois um conhece as diversidades do outro e prosseguimos nos cumprimentando.

Acho que isso é afeto.

Frustrado, fecho a janela, o ruído prosseguia interno.

Apago a luz. Volto pra cama. Transformo o ruído em som, o som em ritmo, o ritmo em melodia.

Relaxo e durmo.

Que você termine o ano assim.

Transformando barulhos em melodias… resgatando aromas apesar das tampas… cultivando saudações em momentos improváveis ou seja…

…dando à sua vida, o melhor sentido que ela pode e deve ter.

Hoje à noite, amanhã de manhã… no novo ano inteiro.

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