Caminhando pela calçada, sou abordado por uma moça que me oferece um cartão:

“Trago a pessoa amada em até 3 dias. Pague após o resultado.”

Oferta pretensiosa que me gerou dúvidas.

Será que o prazo é válido apenas para a Grande São Paulo?

Ofertas são sempre arrebatadoras. Na ansiedade para cativar a atenção do consumidor, prometemos satisfação total e imediata, mesmo conhecendo pouco sobre este possível cliente.

Situação perfeita para frustração.

Será que o consumidor sabe quais os seus amores? O que busca, o que deseja e espera receber? Creio que não.

A sondagem sobre os desejos do consumidor é um exercício constante e capaz de exibir diversas oportunidades.

Quando entro numa loja, posso estar interessado no produto, no preço, no atendimento, na marca, várias possibilidades a um vínculo.

Em qual deles o vendedor deve focar?

O ser humano em geral e o consumidor em particular, trazem desejos variados. Alguns serão transformados em amor, outro em frustração.

Nenhuma relação será capaz de bem atender a todas estas demandas.

Por isso, fiquemos atentos às melhores possibilidades para criarmos e mantermos vínculos.

Não há fórmula pronta e toda relação surge e se consolidada com uma luz inicial, muita interação e o tempo cuida do resto.

A promessa de satisfazer o cliente em até 3 dias, é precipitada.

Nenhuma relação se resolve tão rápido e sabemos que o ciclo de relacionamento demanda tempo, acertos e adaptações.

A satisfação de curto prazo, normalmente é ligada ao bolso e ocorre mediante preço e promoção. São momentos pontuais e passageiros, incapazes de gerar uma história de amor.

Numa boa relação entre cliente e empresa, não há vidências mas sim, evidências obtidas através de pesquisas, atendimento e canais de comunicação capazes de criar e manter boas trocas de informações, muito além de 3 dias.