Espero o meu atendimento, na recepção da minha dentista.
Folheando a revista, leio a frase: “É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-la”.
Foi dita por Sêneca, um dos mais célebres intelectuais do Império Romano, advogado e integrante de alguns governos.
Perturbadora em si, a frase nos provoca: “O que digo a quem não está disposto à verdade?”
Talvez, a melhor resposta seja: “Nada”.
Algumas relações funcionam melhor quando mantemos o silêncio, contendo o nosso impulso à comunicação e motivando nossa escuta ao conhecimento.
Nesta hora, sorrir e calar valem mais que pensar e declarar.
Entro na sala da dentista, abro a boca a contragosto.
Em silêncio sou examinado e as expressões da Dra são de surpresa e atenção.
Digo a ela que não quero ouvir o diagnóstico. Quero apenas ser bem tratado.
Consumidores em geral são assim.
Nossas verdades nos levam ao bem estar.
Não nos aborreçam com textos e imagens que ampliam ou reduzem o que buscamos.
Verdades e Marketing nem sempre se deram bem.
A primeira diz que preciso cuidar dos dentes enquanto o segundo garante que só farei isso com Crest ou Oral B.
É claro que este conflito pode e deve ser amenizado, mas isso só vai acontecer com o tempo.
Até lá, teremos que falar menos e ouvir mais para aprendermos se nossos clientes escovam os dentes para não irem ao dentista ou se foi a dentista que os motiva à fricção diária…
“Sexta de ideias” é o Informativo semanal da Fine Marketing.
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