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27/05/2022 | Sexta de ideias

Chego no velório da mãe de um amigo.

Não conheço ninguém, além dele. tento localizá-lo, em vão.

Entro, cumprimento as pessoas próximas, faço uma oração e saio.

Velórios sempre me provocam à reflexão. A começar pela lembrança de nossa finitude.

As clássicas frases sobre “era tão jovem”, “ia viajar no mês que vem”, “acabou de se aposentar”.

E aquele sentimento de que a vida é aqui e agora, é efêmera e nossos planos precisam caber nela.

Por isso, tento aproveitar cada trecho, observando, interagindo, aprendendo com o novo.

Vale para os meus desejos e relações. Vale para a casa e para a rua. Amigos e clientes.

Durante muitos anos, fui assinante de um jornal.

Nossa única ação de relacionamento era o boleto para o pagamento da renovação.

Nenhuma pesquisa de satisfação, nenhuma saudação no meu aniversário, nenhum brinde pela longevidade na relação.

Um dia, cancelei a assinatura. Morreu.

E no mesmo dia, recebi o contato para entender o motivo do falecimento.

Existem relações que terminam por um bom motivo.

Outras, terminam pela falta de um motivo para continuar. Terminam pelo envelhecimento, pela perda de relevância. Estas são as mortes definitivas.

Por isso, mantenha-se atento às relações, elas são vivas mas passageiras.

Enfim, localizo meu amigo, dou-lhe um abraço fraterno e ouço dele: “Tudo passa”. E passa mesmo.

Portanto, passe a limpo as suas relações. Ao invés de ficar por aí, conversando com quem você nem conhece, mantenha a atenção junto aos que acompanham a sua jornada.

Todos vão agradecer. De corpo e alma.

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Fernando Adas: É diretor de atendimento e planejamento da Fine Marketing, especialista em comunicação dirigida e varejo. Atua também como consultor em treinamento de equipes comerciais.

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