Chego ao trabalho de manhã e recebo a saudação afetuosa da recepcionista: “Tudo bem Sr. Fernando?”

“Tudo bem e você?”, respondo.

“Tudo na paz”, conclui ela.

Subo pelo elevador pensando na forma genérica como nós brasileiros nos saudamos: tudo bem é amplo, geral, irrestrito e se pensarmos bem, de difícil execução.

Os americanos são mais específicos: how are you?

Tenho um amigo que sempre responde “não sei”. Outro diz, “acho que sim”, assumindo certa insegurança a uma pergunta tão absoluta.

Como consultor em marketing, também pergunto aos clientes se está tudo bem e, claro, sempre há demandas ainda não atendidas.

Creio que o caráter dinâmico do mercado também dificulte a conclusão sobre o 100% OK.

Relações são assim. Temos um produto maravilhoso a um preço pouco atraente ou então, um serviço acessível cuja relevância é questionável.

Me lembro dos meus tempos de faculdade, quando os 4 Ps do Marketing foram apresentados em sala de aula.

Dizia o professor: um bom Marketing é composto por um bom produto oferecido a um bom preço em uma boa distribuição e com a comunicação clara e relevante.

Na época, pensei “tudo bem”… “só isso”? Jovens são rápidos e objetivos para chegar a uma conclusão simples e incompleta.

Com o tempo, descobri que o alfabeto dos Negócios é bem mais amplo. Temos o A do atendimento, o B do Branding, o C da cotação e assim por diante…

Mas tudo bem… a vida é e será sempre circular, rica em possibilidades que nos estimulam à busca do equilíbrio.

E se você não acordou hoje, assim, tão bem, responda “tudo bem” à recepcionista, gere bons fluidos, boa percepção, reforce seu goodwill…

Afinal de contas, o tudo bem começa com algo bem.

Que tal dar a largada?