Entro na lanchonete para o meu habitual café com leite e pão na chapa… (bem passado e sem amassar…).

Enquanto espero, observo os salgados no balcão…

Pão de queijo… hum… Risoles… hummmmm… Coxinha de frango… hummmmmmmmmm…

Coxinha de… jaca… ahn????

Jaca? Será que escreveram errado?

Jaca? Na lanchonete? Numa coxinha?

Chamo o garçom, muitas informações na minha cabeça, logo cedo.

Ele me explica que a coxinha é um sucesso entre veganos e afins… e finaliza firme: “Prove…o Sr vai gostar”.

Por sorte, meu pão chegou e pude mastigar algo, enquanto refletia.

Será que as suas ofertas estão mais para jaca ou frango na percepção dos clientes.

Sabemos que a inovação, a obsolescência planejada e as necessidades do consumidor nos motivam a constantes criações. Isso é positivo para a evolução dos negócios.

Ao mesmo tempo, a atuação em várias frentes nos desafia e intensificar o olhar estratégico e o “budget”.

E se você já viveu isso, sabe que a briga entre a “jaca e o frango” nem sempre reforça o “quintal” do faturamento.

Muitas Marcas perdem o foco nesta busca por novos públicos ao mesmo tempo que enfraquecem a atuação junto aos atuais.

Muita calma nessa hora.

Provavelmente, a lanchonete possui 10 clientes de pão na chapa para cada 5 de coxinha de frango e 1 de jaca. Todos podem e devem ser atendidos.

Mas seu você não tem fôlego estratégico e financeiro para esta abordagem mais ampla, melhor ficar com a solidez do posicionamento atual e ampliar conquistas gradualmente.

Se eu vou provar a cozinha de jaca? Claro que sim. Se vou me tornar cliente dela? Talvez

Mas espero que continuem fazendo meu pão na chapa (bem passado e sem amassar) do jeito que sempre gostei…

…mesmo que a jaca, o jiló, a beterraba ou o pepino invadam todos os balcões…

Fernando Adas é diretor de atendimento e planejamento da Fine Marketing, especialista em comunicação dirigida e varejo. Atua também como consultor em treinamento de equipes comerciais.