Andando pela Paulista, encontro um carroceiro com oito cães. Todos soltos. Todos tranquilos. Todos felizes.
Me aproximo e pergunto: “São seus?”
E a resposta vem rápida e sábia: “Estão comigo”.
Pergunto onde eles moram e ouço: “Cada dia em um lugar”
Esboço uma brincadeira com um deles e, de imediato, os outros se mantêm alertas e buscando a permissão do “dono” com o olhar.
Me sensibilizo com a fidelidade e saio pensando qual o segredo deste grupo se manter unido, independente do lugar.
A resposta mais óbvia é a necessidade de sobrevivência.
Juntos somos mais fortes e complementares.
A segunda conclusão, surge quando já estou em casa e recebo um brinde de Natal de uma empresa da qual sou cliente. Um calendário 2022 com fotos de cachorros e gatos.
“Eles me entendem”, pensei e me despertaram afeto.
Acho que o afeto também tem poder de fusão, gerando relevância.
Assim como o carroceiro, creio que as empresas, tenham desafios para conquistar e manter tantas pessoas diferentes, em sua base de clientes.
Algumas até tentam nos colocar a coleira da fidelidade, mediante multa por desligamento, incapazes que são de nos reter pelo afeto.
E o que seria a fidelidade afetuosa entre marcas e clientes?
Tudo começa com um banco de dados atualizado. Quem ama conhece nome e sobrenome do amado.
Depois, precisamos saber a opinião desses amores, se são e estão felizes e como evoluir na relação. Eu adoro “pets” e algumas empresas sabem disso.
E por fim, celebrarmos a relação, recompensando o vínculo e a longevidade de um cliente que está conosco, há tantos anos.
Desta forma, teremos clientes soltos, tranquilos e felizes… E capazes de trazer novos clientes.
Lembremos do carroceiro: Ninguém é de ninguém. Todos estamos vivendo experiências que precisam ser positivas para gerar fidelidade.
Que o Natal reforce esse sentimento de adesão e de afeto, capaz de nos manter unidos por muitos e muitos anos.
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