Ela estava nervosa, tentando encontrar a ponta do durex.
Rodava, girava, raspava com a unha e nada.
Lembrei da minha infância, dos trabalhos escolares que fazia com dedicação. Na hora de fixar na parede, a maldita fita adesiva falhava.
Desde cedo, aprendi que são os detalhes que diferenciam os projetos.
Se o presente não era tão bacana, sua embalagem poderia valorizá-lo e, para isso, o durex precisava ser tão eficaz quanto discreto.
Eficácia com sutileza soam como a fórmula do sucesso.
Em Marketing, a regra também é válida.
Quem não se aborreceu comendo um hamburguer, por causa do sachê de ketchup, impossível de ser aberto?
Quem não perdeu a vontade de lambuzar o pão com geleia, simplesmente porque a tampa do pote não girava?
Vivemos na era dos grandes fatos, dos grandes lançamentos, das ousadias publicitárias capazes de monopolizar a atenção de todos.
Mensagem focada no produto ou serviço. Querem nos dizer “o que” comprar.
Entretanto, qualquer campanha eficaz de comunicação deveria evoluir para uma segunda etapa na qual o “o que” é substituído pelo “como”.
Como faço? Como compro? Como sou atendido. Surge o protagonismo dos detalhes. O durex capaz de colar o benefício da oferta à necessidade do consumidor.
Nesta hora, espera-se que o cliente não perca tempo localizando a ponta da fita, da embalagem, da bula, do site, do SAC.
Detalhes transmitem seriedade, competência e profissionalismo, gerando confiança e fidelidade.
Por isso, lembre-se: você não vende fitas adesivas, promete aderência e fixação.
Nas paredes e nas relações com seus clientes.
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