Paro na banca em busca dos jornais.

Cadê?

O jornaleiro me explica que quase ninguém compra a edição em papel e, por isso, recebe poucos exemplares.

No chão, observo curioso edições anteriores empacotadas: R$15,00 o quilo.

Uma senhora me explica que jornal é ótimo para recolher o cocô dos pets e não polui a natureza. Na guia, Rex abana o rabo confirmando o depoimento da dona.

Caminho pela calçada e vejo uma moça escondida dentro de um orelhão (sim!!! Alguns ainda sobrevivem!!!). Está ao celular, interessada no silêncio da cabine.

Sabemos que a evolução dos hábitos traz ameaças e oportunidades. Darwin já nos ensinou que não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.

Tenho a certeza de que você já disputou avidamente um exemplar do jornal na banca ou esperou na fila para fazer uma ligação do telefone público.

Será que estamos sintonizados com estas evoluções?

Marcas nascem como filhas de seus empreendedores que se esforçam para dar o melhor aos produtos e serviços que vão oferecer ao mercado.

Em geral, são o resultado de pesquisas para a definição dos atributos e diferenciais da concorrência.

Alguns desafios sempre estão presentes. Qual o público alvo, suas necessidades e como atende-las.

Diferenças culturais, comportamentais e econômicas sempre desafiam estas definições.

Como criar e manter um posicionamento bem sucedido, capaz de comunicar, conquistar e reter clientes?

Através do relacionamento, das boas trocas.

Quando você me oferece o seu produto pela primeira vez, eu me entusiasmo com algum aspecto e imagino que vale à pena trocar o meu dinheiro pela sua camisa nova.

Os dois saem felizes e a vida segue.

Algum tempo depois, e com a camisa já não tão nova, tenho novos desejos e seria ótimo que você estivesse por perto para me ouvir.

Bons relacionamentos começam assim. Na capacidade de estarmos no lugar certo, na hora certa para falarmos sobre nossas carências e desejos.

Relacionamentos bem sucedidos começam com a honestidade, crescem com a confiança e evoluem com a lealdade.

Você se lembra da vida sem celulares, sem computadores, sem o Tinder? Sobrevivemos a estas ausências.

Pessoas sempre se adaptam às ausências e, com mais ou menos ansiedade, buscam alternativas.

Por isso, precisamos estar atentos a estes movimentos capazes de criar, reduzir ou até extinguir hábitos.

Desta forma, garantiremos a nossa manutenção nas bancas e vitrines, fazendo a felicidade de nossos clientes e não apenas do Rex…