Sábado à tarde, na livraria.
Além de livros, vejo uma mãe tentando despertar o interesse literário do filho.
Folheiam um exemplar sobre Paris, encantados com as fotos e imagens.
De repente, o garoto dispara:
“Mamãe, por que essa pirâmide está na frende do museu?”
“É uma obra de arte também, filho”.
“Mas se é arte, por que não está dentro do museu? Assim não atrapalha a visão da fachada…”
Me aproximo para tentar apoiar a mãe em uma possível resposta.
Como ela prosseguia em silencio, também mantive minha habitual discrição.
De fato, a pirâmide chama a atenção das pessoas, talvez muito mais que a fachada do Louvre.
E após despertar o nosso olhar, talvez nos interessemos por conhecer o que está atrás do vidro, “escondido” dentro do museu ou apenas fiquemos tentando “selfs” alinhando a pirâmide na palma da mão.
Algumas ações promocionais fazem isso conosco.
Pare e pense. Quantas marcas você conheceu a partir de uma ação promocional, de uma oferta, um desconto, algo que nos motiva à compra, antes de conhecermos o produto.
Promoções motivam a adesão imediata e massiva de público interessado em um benefício localizado.
Mas cuidado! Se o benefício for de alto impacto, pode atrair um consumidor ansioso por vantagens concretas ($$$) e sem perfil para a fidelização.
O pessoal do Financeiro vai adorar o faturamento gerado. O Marketing? Talvez tenha decepções.
Por isso, ao desenvolver sua comunicação, coloque brilho, cristais, pirâmides capazes de trazer público.
Mas não se esqueça da verdadeira essencia e dos reais benefícios atraentes a consumidores dispostos a pagar ingressos para conhecer a sua marca e visitá-la por muito mais tempo.
Livres para a real fidelização.
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