Dias frios em São Paulo.
Entro no elevador e vejo um rapaz “só” de camisa manga comprida.
Eu, com camiseta, camisa e blusa de lã, pergunto: você não está com frio?
Ele me explica que prefere usar camiseta por baixo da camisa, mais aderente e térmica.
Opta pelas de algodão que retêm mais o calor.
O elevador chega ao 7º andar, ele sorri, se despede e sai. Parecia bem mais confortável do que eu.
Retiro o meu cachecol do pescoço e fico pensando no algodão capaz de segurar o calor.
Chego ao escritório e começo a me desmontar.
Como é bom fazer sondagens e capturar informações capazes de melhorar o nosso dia…
Somos donos das nossas verdades adquiridas pela experiência, sucessos e fracassos.
Deixamos de comer berinjela nos anos 80, porque tivemos uma indisposição gástrica.
Optamos pelo mesmo calmante recomendado pela nossa avó e transmitido à nossa mãe. Por que mudar?
Empresas são assim também.
Cansei de conversar com empresários que abandonaram projetos mal sucedidos no passado e jamais tentaram novamente.
Não é o nosso foco…Perdemos dinheiro com isso… são as cristalizações que a experiência nos traz, nos preservando no curto prazo, mas nos inibindo ao futuro.
Precisamos estar atento ao novo, a tudo que muda no ambiente, no mercado, na concorrência, no consumidor e em nós mesmos.
Somos uma escada circular, daquelas existentes em prédios. Andamos em círculos, voltamos ao mesmo ponto, mas sempre em um nível acima em conhecimento e aprendizagem.
Por isso, esteja atento. Observe quem está no elevador da sua marca, nunca estranhe um hábito ou recuse inovações.
Pergunte, pesquise, aborde e perceba que nada será como antes. Hoje e amanhã.
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