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17/05/2024 | Sexta de ideias

Ela disparou escada abaixo, tentando entrar no metrô.

A menos de um metro, a porta se fecha e a moça exibe um ar de frustração e cansaço.

Eu, recém-saído do vagão, fiquei observando a sua agilidade em se desviar das pessoas para chegar à plataforma.

Me aproximo e a consolo: calma, em três minutos chega outro.

Ela, sem muita convicção, respira e concorda.

Subo a escada rolante e penso sobre os esforços que despendemos em projeto nem sempre bem sucedidos.

Me lembro de um cliente que nos contratou para uma ação de sondagem comercial.

Queria conquistar algumas empresas e tinha pressa na execução da campanha.

Desde criança, quando eu tentava estourar pipocas na panela, aprendi que a pressa é inimiga da perfeição.

Queremos que todos os grãos se transformem em crocância e sabor, mas não selecionamos as sementes, não aquecemos o óleo e nem escolhemos a melhor panela.

O resultado? Triste.

Pergunto ao cliente, por que estas empresas desejadas deveriam se tornar clientes dele. O que teríamos a oferecer para que elas fossem conquistadas e fidelizadas.

Apressadamente, ele responde: nossa qualidade, nosso preço, nossa tradição. Conceitos genéricos e efêmeros.

Precisamos elaborar nossos diferenciais de marca com calma. Perguntar aos clientes atuais, os motivos pelos quais eles nos escolheram e por que se mantêm fiéis.

Observe a concorrência, acompanhe as ondas globais e a conversa no ponto de venda. Ouça, entenda, elabore, devolva.

Desta forma, teremos maior precisão e eficácia em nossas ações de marketing.

Todos queremos correr para conquistar o primeiro cliente que aparece nos trilhos das oportunidades. Velocidade faz parte dos diferenciais competitivos. Entretanto, cuide-se para não embarcar ao destino errado, rumo a clientes insatisfeitos que abandonarão a sua marca na próxima estação.

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2 Comentários

  1. SORAYA FELIX

    É tão interessante quando a empresa tem algo de especial para oferecer a você, quando ela é menos genérica e mais pessoal. Talvez isso é algo fácil para empresas pequenas, que podem pegar o telefone e bater uma papo com o cliente, entender suas necessidades e oferecer algo especialmente para esse cliente, que será diferente do outro porque as necessidades de cada um é bem individual. Mas creio que isso é sonho.
    Como sempre seu texto impecável.
    abraços

    Responder
    • Fernando Adas

      Oi Soraya!
      Grato pela sua mensagem.
      Também percebo que as empresas menores cultivam relações mais pessoais com seus clientes, porém as maiores que possuem mais recursos deixam as relações genéricas e com foco sempre na conquista de novos e quase nunca na manutenção que gera vínculos.
      Abraços

      Responder

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