Semana fria em São Paulo.
Na academia, poucos se animam a treinar logo cedo.
Nos bares, mesas vazias oferecem-se disponíveis.
Chego em casa mais cedo para um banho quente e uma boa sopa.
Enquanto preparo o meu caldo, penso na sazonalidade (des)motivadora das ondas de consumo.
Neste agosto gelado e úmido, a sorveteria chora enquanto os cafés sorriem.
É da vida lidar com avanços e recuos.
Em Marketing, há um antídoto capaz de reduzir a melancolia destes reveses. Seu nome? Promoção.
De forte ação, trata-se de um instrumento capaz de desovar estoques, embora gere efeitos colaterais.
Promoções pontuais alteram a dinâmica da marca. Atraem públicos diferenciados, desregulam os giros de estoques e podem causar desconforto nos clientes fieis.
O departamento financeiro adora mas o marketing, às vezes, se arrepende.
Sempre digo que os negócios são alimentados por duas ações: promoção e relacionamento.
A primeira é mais eficaz para atrair clientes enquanto a segunda motiva a fidelidade destes.
Devem ser usadas conjuntamente e de maneira equilibrada, de maneira preventiva e não socorrista.
Significa dizer que uma promoção estratégica ocorre não necessariamente nos vales de vendas.
Ofertas podem ser dirigidas a públicos específicos, de maneira a brindá-los como um reconhecimento pela longevidade em relação à marca.
No Brasil, promoções são sinônimo de descontos. Baixa-se os preços para que a venda ocorra, independente do público sensibilizado.
Esta ação pode gerar insatisfação em quem comprou e em quem vendeu. Relações por conveniência não costumam durar muito.
Por isso, cuide bem das suas estratégias na escassez. Não se sensibilize apenas com o curto prazo.
Reaja com inteligência e olhos na primavera, capaz de trazer novos aromas, cores e vida à sua empresa.
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