Passo pelo corredor do supermercado e vejo uma senhora agachada, chacoalhando caixas de chocolates.
Cena intrigante.
Prossigo a árdua jornada das compras e fico pensando:
“As caixas são da mesma marca… tem o mesmo peso…volume…validade…”
Inquieto e curioso, retorno ao local da cena e disparo:
“Posso ajuda-la?”
Ela, assustada, explica… “muito obrigada, estou vendo qual delas tem mais chocolates…”
“Mas não são todas iguais?” retruco eu.
“Em absoluto, compro esta marca, há anos, e sempre percebo variações…”
Pois é… perceber variações talvez seja uma arte, uma habilidade, demanda esforço.
Você percebe variações entre os seus clientes?
Ok..ok…deve saber que o José mora no Tatuapé e compra há mais de dez anos enquanto o João está em Moema e só fez a primeira compra…
E as variações “dentro da caixa”?
Você chacoalha seus clientes para percebê-los na intimidade?
Sabemos que as análise sobre o perfil de clientes e consumidores, caminham nesta direção.
Sim, você precisa sair da zona de conforto da segmentação sócio econômica e partir para a comportamental.
Isso se chama, enriquecimento dos bancos de dados.
Aparentemente, todos são iguais mas ao avaliar hábitos, valores, preferências e opiniões, os pesos são distintos. Quem são palmeirenses? Sagitarianos? Evangélicos? Veganos?
Pense nisso, faça com Dona Aurora (Sim!!! Perguntei o nome dela) e perceba que dentro da caixa de cada cliente, existem possibilidades inexploradas para a melhoria do relacionamento.
0 comentários