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26/11/2021 | Sexta de ideias

Ele chegou como símbolo da força, promessa de valorização do Centro de São Paulo
 
Réplica do Touro de Wall Street, se impôs em seus três metros de altura, crente de que seria um sucesso unânime…
Só que não…
 
O projeto concebido pela B3 e produzido pelo artista plástico Rafael Brancatelli, já se foi, gerando muito mais polêmicas do que seus sete dias de protagonismo.
 
Causou manifestos, foi pichado e até acolheu um churrasco popular. Enfim, veio, foi visto e saiu vencido…
 
A história nos remete às campanhas publicitárias que chegam fazendo barulho, chamam a atenção, geram ruídos e desaparecem, deixando manchas nas Marcas patrocinadoras.
 
Tudo começa com uma ideia, geralmente trazida do exterior. “Faz o maior sucesso lá fora”, atesta o viajante recém chegado.
 
O Marketing, ainda cético, aprofunda pesquisas e conclui, “vai gerar mídia espontânea”.
 
O financeiro faz a conta e sentencia: “Se arrumarem patrocínio, está aprovado”.
 
E assim começa a “tourada”
 
Sim!!! Comunicação precisa chamar a atenção, mas isso é só o começo. Precisa despertar o interesse e, sobretudo, o desejo do consumidor.
 
E ai surge um outro problema: “Quem é este consumidor?” “Ele conhece a nossa marca?” “Como nos percebe e de que forma a nova campanha vai maximizar os pontos fortes?”
 
Mais que inspirada, a boa Comunicação precisa ser bem “toureada”: pensada, planejada, testada.
 
Do contrário, funciona como o touro solto da arena, ávido por consumidores mas sem nenhum traquejo à conquista.
 
É morte na certa: Do touro, da marca ou dos clientes.

Fernando Adas é diretor de atendimento e planejamento da Fine Marketing, especialista em comunicação dirigida e varejo. Atua também como consultor em treinamento de equipes comerciais.

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