Começo o dia sacando dinheiro no caixa eletrônico.
Ao meu lado, uma senhora me aborda: “Moço, tentei sacar R$100,00 e não consegui. Pode me ajudar?”
Observo e percebo que o cartão dela havia sido bloqueado, ficou preso na máquina.
Sugiro que espere a agência abrir e resolva com o atendente.
Ela, prontamente, me propõe: “Será que você saca o valor para mim e eu te deposito amanhã?” “Anota aqui sua conta…”
Eu, meio confuso, meio surpreso, meio cético e meio otimista, anote minha conta no caderninho dela. Saco os R$100,00 e dou…
Saio da agência pensando sobre como as empresas, também dão dinheiro a quem nem conhecem.
Investem em públicos genéricos, cujo perfil é raso e o retorno, incerto.
Em marketing, há um conceito chamado BEP (Breakeven Point) que mensura o momento a partir do qual, sua empresa começa a ter retornos sobre os investimentos.
No meu caso, o retorno seria amanhã, quando eu visse o dinheiro depositado…
Para a empresa, ocorre após determinado tempo de permanência do cliente na base ativa.
Nenhum cliente começa a relação “dando lucro” à empresa.
Por isso, as ações de fidelização são fundamentais não apenas para o retorno financeiro, como também para a geração de “advogados da marca” capazes de trazer novos clientes.
Por isso, pense nisso antes de sair por aí, “dando dinheiro” a quem você nem conhece.
Consulte, pesquise, analise, compare perfis de consumidores e garanta que o cliente vai aderir e permanecer na sua empresa, além do BEP.
Se a tal senhora devolveu os R$100,00?
SIM!!! E ainda fique sabendo o nome completo dela… o mesmo da minha mãe…
Pois é… um pouco de intuição também define bons projetos.
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