Pânico na firma. Dia do sorteio do amigo secreto.
As regras são claras, produtos até R$100,00 e nada de troca-troca de nomes entre os participantes.
Se alguém tirou alguém “difícil”, analise o perfil e tente acertar no presente.
Mas o que significa uma pessoa “difícil”? O chefe, por exemplo, sempre gera ansiedade. Como agradar alguém que já tem “tudo” e que conhecemos pouco?
Pessoas de outros departamentos também trazem dúvidas, às vezes, até sobre o nome correto. Liziane ou Elizane?
O clima é de Natal mas a operação é de guerra. Todos querem sair vitoriosos no momento da revelação.
Outro dia, ouvi frase parecida de um amigo que me declarava as suas dificuldades em conhecer (e agradar) seus clientes.
O clima era de amigo secreto com a necessidade de desenvolver benefícios capazes de atrair e conquistar consumidores desconhecidos.
Percebo que este desafio é geral entre as empresas.
Conhecer o perfil do consumidor demanda uma estratégia de sondagem e alguns meses (até anos) de esforço contínuo em pesquisas.
Ninguém pede uma pessoa em casamento, sem conhecer suas características, seus pontos fortes e fracos e as possibilidades de união eficaz.
Com as empresas, deveria acontecer a mesma coisa.
De vez em quando, alguém me liga querendo me pedir em casamento.
Apresenta seus dotes convertidos em produtos e serviços. Imóveis na planta, plano de saúde, um plano de telefonia e, até, um consórcio funerário.
Sempre questiono duas questões nesta abordagem: como me encontraram e por que estão me oferecendo determinado produto.
Vejo que as respostas são difusas e se assemelham ao sorteio do amigo secreto. Sim, sou uma pessoa difícil (para quem não me conhece).
O Natal nos inspira a resgates, a aprofundamentos e à gratidão.
Que este clima nos motive a avançar no conhecimento sobre as pessoas e, desta forma, possamos nos relacionar melhor com elas. Com mais clientes, menos secretos.
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