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20/09/2024 | Sexta de ideias

Em meio aos de(com)bates políticos, uma figura surgiu com destaque: a cadeira.

Totalmente desconhecida e sem nenhuma pretensão além de apoiar os candidatos, gerou “views” muito mais amplos que a discussão sobre saúde ou segurança.

Como objeto funcional, uma cadeira nos serve ao relaxamento. Faz isso de maneira discreta, mantendo a resistência e o conforto, benefícios que lhe concedem valor. Deslocada deste seu contexto, ganhou notoriedade ao descadeirar a discussão de ideias e gerar cadeirantes aos porões da política e ambulatórios dos hospitais.

Dizem que a tal cadeirada foi planejada, estrategicamente, para interromper as discussões, reposicionar perfis dos candidatos e gerar zumbidos.

Em Marketing, a estratégia do “buzz” objetiva a elevação de visibilidade. Mesmo com ruídos, espera-se que a pulverização do conteúdo desperte a atenção e o engajamento. Seria a tal cadeira uma ação inserida neste contexto? Creio que não.

A confusão aleatória, fruto do desrespeito a regras, atrapalha a comunicação e o relacionamento com o público.

Percebemos isso em algumas operações do nosso cotidiano comercial.

Você vê determinado produto numa peça publicitária, se motiva a comprá-lo. Ao visitar a loja ou receber a mercadoria em sua casa, surge a cadeirada: o produto é diferente do anúncio.

Você escolhe o produto e vai para o caixa. Ao tentar pagar, cadeirada: o sistema não aceita o seu cartão.

Começa a usar o produto e, após uma semana, surge um defeito. Liga ao SAC e…cadeirada…doze minutos de espera.

Cadeiras foram feitas para nos acomodar, nos descansar. Relações também deveriam ser assim. Pelo menos as boas e longevas.

Por isso, fique atento ao que o mercado lhe oferece e não se deixe ameaçar por ofertas que voam em nossa direção, nos prometendo surpresas positivas e  nos entregando sustos.

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