Duas amigas conversando.
“Não vejo a hora deste ano terminar”, desabafa a primeira.
“Calma, 2025 será diferente”, consola a segunda.
Somos movidos pela esperança. Por isso, o Ano Novo não é apenas a troca de um calendário, mas um convite ao inédito.
Abrir a janela depois de uma longa noite e sentir o frescor da manhã, mesmo sem saber se o dia trará sol ou chuva.
Tempo de desacelerar a cobrança que colocamos em nós mesmos.
Nem tudo precisa ser resolvido no primeiro mês, nem todas as metas precisam caber em uma lista.
Mais importante que prometer, é permitir: permitir-se mudar de ideia, permitir-se errar, permitir-se viver sem pressa.
O Ano Novo é como um caderno em branco: podemos começar com letras firmes ou rabiscos tímidos; a beleza está no processo.
Cada página será preenchida com momentos de coragem, pausas necessárias e, quem sabe, surpresas que nunca imaginaríamos.
Que o ano seja menos sobre conquistas grandiosas e mais sobre as miudezas que aquecem o coração: uma conversa que faz rir, um abraço que acolhe, um silêncio que não pesa. Afinal, a vida é feita desses detalhes que passam despercebidos quando estamos correndo.
Não precisamos nos transformar por completo, mas podemos aprender a nos acolher.
Porque o Ano Novo é um lembrete e uma oportunidade: viver é sempre recomeçar.
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