Um tanto quanto apressado, entro no restaurante para o habitual almoço rápido.
Já aprendi que, quando estamos corridos, não devemos ousar. O habitual resolve o problema.
Confiante, olho para a garçonete e declaro: estrogonofe de frango, fritas e arroz.
Ela me olha com menos confiança e declara: acabou.
Como sempre tenho um plano B, devolvo com agilidade: bife à milanesa.
Ela insiste: acabou.
Preparo-me para me levantar e sair quando ela dá o ultimato: que tal bife a rolê?
De fato, quem percorria com insucesso a jornada das carnes, teria elevada chance de ser feliz dando um rolê pelo “rolê”.
Adorei a sugestão. Sorri, aceitei e fiquei pensando obre a proatividade no atendimento.
Nossa ansiedade em atender aos desejos do cliente, muitas vezes nos impedem de contornar objeções e propor alternativas.
Eu? Não queria o estrogonofe. Queria matar a fome.
Você? Não quer um sorvete. Quer se refrescar.
E assim por diante.
Será que conhecemos mesmo as reais necessidades dos nossos clientes?
O que você tem oferecido a ele? Produtos? Serviços? Preço? Ofertas?
Quem me conhece, sabe que adoro sondagens abertas.
Entro na loja e pergunto: o que você tem para mim? A pergunta que todo vendedor deveria adorar.
Mas, em geral, o que acontece? De maneira angustiada, oferece algo de imediato. Foi treinado para ser ágil, rápido, eficaz na conversão da venda.
Só que não…
Será que a compra é para o meu consumo ou para presente?
Será que tenho restrições a cores e sabores?
Será que busco um complemento a uma compra já feita?
Será? Será? Será?
Aprenda a usar esta expressão. Dê um rolê pelas necessidades do cliente. Abra possibilidades de interação e aproximação.
Faça da sua marca, o prato de todos os dias a ele.
0 comentários