Quer saber como é o calor no Saara ou o “corre-corre” nas ruas em Tóquio?

Passe por um Shopping Center em dezembro.

Diversos desafios de paciência, resiliência e empatia vão lhe estimular a ser uma pessoa melhor.

Espírito natalino, dizem.

Pois nesta semana, em plena imersão neste clima, observo um garoto cambaleante, chorando, de mãos dadas com os pais.

Tento ajudar e abordo a mãe que me conta sobre a desilusão do filho que acabara de saber que Papai Noel não existia.

Achei a explicação bem nua e crua.

Solidário ao choro do pequeno Lucas, pensei: o que esses pais estão fazendo no shopping com o filho?

Sigo-os à distância e percebo que se acomodam na praça de alimentação. Enquanto a mãe enche o garoto de beijos, o pai reforça os afetos trazendo lanche, sorvete, fritas, essas coisas que nos provam que, mesmo sem Papai Noel, o Natal pode ser bom.

Saio pensando na sabedoria da cena, na atitude dos pais.

Por que não criarmos nossas próprias redes de apoio, para fortalecer nossas realizações?

Por que não concentrarmos em nós mesmos, as possibilidades de conquistas?

A felicidade é um estado de espírito, obtido em vivências e atitudes pontuais.

Depende mais de nós que do Papai Noel imaginário, buscado ao longo da vida.

Pense nas coisas que lhe deixam feliz. Aposto que não estão sempre disponíveis, que surgem de vez em quando.

Só percebemos a música em função do silêncio.

Numa época em que oscilamos entre o vazio do deserto e a multidão dos grandes centros, que possamos nos equilibrar, buscando a realização dos nossos sonhos, sobretudo, ao longo do caminho a ser percorrido, e na alegria em sermos felizes por nada, em geral; e por tudo em particular.