“Se até a Sandy se separou, o que será dos casamentos?”

É a frases que ouvi de alguns amigos, nesta semana.

Após anos de relacionamento, o casal resolveu retirar as escovas do mesmo copo, de comum acordo.

Admiro relações que terminam com o mesmo amor do início. Infelizmente, isso nem sempre ocorre.

Se na fase da conquista, as emoções são mais honestas que os pensamentos, o inverso ajudaria bastante a uma separação não imortal, ao menos inesquecível.

Todas as relações são finitas, por mais que isso nos surpreenda.

Não dá pra não pensar que, com as empresas e seus clientes seja diferente.

No fundo do coração, quantos casamentos já tivemos com marcas que nos prometeram “love never fails”?

Quando fazemos a compra, o clima é de “você pra sempre”. Mas se nos ausentamos por um tempo, “vamo pulá, vamo pulá, vamo pulá” em busca de outros clientes.

Em menos de quatro estações, somos etc…e tal ao CRM.

Relações são motivadas por trocas de benefícios. Aprender a amar é fundamental e ocorre pelo reconhecimento de aspectos relevantes a ambas as partes. Nada é por acaso.

Estas avaliações devem ser feitas ao longo da jornada e de maneira recíproca, através dos estranhos jeitos de amar e se relacionar.

Clientes se tornam desinteressantes para a empresa e está tudo certo. Cumpriram a trajetória de boas trocas e partiram a novas conquistas.

Empresas também são descartadas por seus clientes pelos mesmos motivos.

Para que o “felizes para sempre” seja uma promessa realizada até mesmo após a separação, empresas e clientes precisam conversar sempre, trocar ideias, sugestões, queixas, DRs corporativas.

Sandy e Lucas Lima emitiram o seguinte comunicado:

“Não foi uma decisão fácil, nem impulsiva. Foram praticamente 24 anos de relacionamento e 15 anos de casados. Com altos e baixos, às vezes mais felizes, às vezes menos, mas sempre inteiros e dispostos a fazer o nosso melhor. E fizemos.”

Que as empresas estejam inteiras e dispostas nas relações com seus clientes, focadas não apenas no beijo bom, mas também no coração.