Recebo o convite de uma amiga querida.
Vai comemorar o aniversário em um bar, semana que vem.
Respondo confirmando a presença e ela retribui com um sorriso J. Somos amigos há algumas décadas.
Ao final do dia, comento com um amigo sobre o evento e, para meu espanto, ele não estava sabendo.
Constrangido, digo que ele ainda deverá receber o convite e me despeço com a sensação de que boca fechada nos preserva de moscas e confusões.
Sei bem o que o meu amigo sentiu. Somos amigos comuns da aniversariante, há anos. Claro que ele esperava ser convidado.
Já me senti esquecido, várias vezes. Por pessoas e por empresas.
Sei que ninguém é obrigado a manter vínculos permanentes com ninguém, mas quando só o seu vizinho ganha um brinde de fim de ano da empresa onde ambos são clientes, sua autoestima fica tocada.
Resgato a minha infância e os momentos em que minha mãe convidava apenas a minha irmã para passear.
Eu logo protestava e recebia a explicação clara e objetiva: você tem que estudar. Faça as provas e depois vamos dar uma volta.
Desde cedo, descobri que não havia almoço grátis.
Precisamos performar para ganhar e isso vale para qualquer relação.
Também percebo o oposto. Empresas que exageram nas ações de “welcome” a um cliente que mal iniciou sua jornada de consumo. Geram um custo de aquisição que pode não ser recuperado.
Alguns critérios podem nortear as políticas de reconhecimento e recompensa das empresas. Os mais comuns são a frequência, a recência e o valor das compras.
São fatores que podem motivar a fidelidade de clientes e até um eventual resgate dos que se foram.
É importante que tenhamos regras claras para que as ações sejam compreendidas por ambas as partes.
Vale para a família, para o casal, para o trabalho, para as empresas e seus clientes.
Isso evita choro, frustrações e desejos incontidos de fuga para a concorrência.
Vamos tentar?
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