Reencontro uma amiga de longa data, em um coquetel.
Não a vejo, há algum tempo.
Está linda e elegante em um vestido rosa. Voltando de férias cheia de planos.
Sua conversa, sempre animada, inspira.
Quando ela se vira para pegar uma taça de vinho, percebo a etiqueta do seu vestido à mostra. 79,90…
Preço é percepção.
79,90? Reais? Dólares? Euros?
Algo me incomodava ali…
Seu perfume? Um Chanel, com certeza.
O Vestido? Inspirado nos “pinks” Valentino da última coleção.
Mas 79,90?
Resgato uma das regras básicas das negociações comerciais.
Nunca exiba o preço, antes da oferta.
Faça sondagens, selecione benefícios, gere relevâncias capazes de seduzir o cliente.
E quando ele estiver encantado, fale sobre números.
O preço pode validar ou descredenciar os benefícios apresentados.
Se está muita abaixo da percepção de valor, gera desconfiança. Talvez por isso, o vestido da minha amiga tenha me incomodado.
Mas o oposto também pode ocorrer e tendemos a considerar cara, a oferta cujos benefícios pareçam inferiores ao valor percebido.
Como chegar ao equilíbrio?
Sabendo a hora certa de “pegar o vinho”: nem antes nem depois de o cliente mostrar uma disposição ao fechamento da compra.
Como perceber isso?
Os “coquetéis” da vida nos ensinam no dia a dia das mesas de reuniões ou nos balcões das lojas.
Dizem que “o que os olhos não veem, o coração não sente”.
Pois em Marketing, o que os olhos veem, o bolso não sente.
Muito bom o texto, mais uma vez vc foi pontual na comparação.
Parabéns… muito bom ler seus textos.
Oi Armando!
Grato pela atenção de sempre.