No almoço, ouço a conversa na mesa ao lado.
Entre garfos e facas, quatro executivos comentam…Neymar chegou para levantar o Santos…Mas e o 0 x 0 com o Novorizontino domingo?…Não deixaram o moço jogar…Mas pelo menos não caiu tanto…
Além da lasanha, Neymar era presença unânime no cardápio.
Fiquei pensando na força das marcas, capaz de blindar o desempenho do produto e garantir credibilidade, mesmo em dias de incerteza.
Marcas fortes garantem longevidade.
Outro dia, fui ao supermercado comprar café. Simples, pensei. Café é café. Só que não.
Diante de mim, uma prateleira interminável de opções: café gourmet, extra forte, orgânico, com notas de chocolate, com torra média, baixa acidez, edição especial, e um que prometia despertar até morto de cansaço.
Fiquei ali, paralisado, me sentindo um intruso no mundo dos conhecedores de café, até que meus olhos encontraram um nome familiar.
Peguei aquele, o mesmo que minha mãe comprava quando eu era criança. O café da família.
Saí do supermercado refletindo: por que escolhi aquele café? Não porque fosse o melhor – na verdade, nem sei se era. Mas porque a marca me chamou. Me contou uma história, me fez sentir seguro. Foi como um velho amigo acenando do fundo da prateleira: “Vem comigo, eu te conheço.”
E assim percebi que as marcas são como personagens de um livro: algumas nos conquistam logo na primeira página, outras nos enganam com promessas vazias, e há aquelas que se tornam parte da nossa vida sem que a gente perceba.
No fim das contas, o marketing não vende produtos, vende histórias. E quem conta a melhor história, ganha o cliente. Mesmo que o café seja só café.
0 comentários