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7/04/2023 | Sexta de ideias

Adoro essa canção da Adriana Calcanhoto e, nesta semana, me lembrei dela em função de uma história contada por uma amiga.

O casal estava completando um ano de namoro.

Ele e ela, felizes demais, queriam comemorar em um restaurante bacana.

Ela escolheu o melhor, pesquisou o guia da Veja, avaliou estrelas e decidiu, será lá.

Ele, mais tranquilo e apaziguador, seguiu a fórmula responsável pela longevidade do namoro, sorriu e aceitou

Ela fez a reserva e pediu uma mesa especial, nem muita luz nem muita sombra, perto da janela com vista para a cidade.

Pois a grande noite chegou e se iniciou na porta do tal “5 estrelas”.

À espera de alguém que os recepcionasse, ficaram esperando com um otimismo pouco convicto.

Como ninguém apareceu, entraram e citaram a reserva.

Garçom sorri e pergunta ao maitre que sorri e pergunta ao gerente que sorri e pede um minuto.

Após acomodarem o casal, todos desaparecem. Vinte minutos de total ausência de serviços, ele acena ao garçom que se aproxima e pergunta, pois não?

Confuso com um cardápio que prometia juntar lulas com beterrabas, abacaxi com raiz forte e panceta com espumas de lima da pérsia, o casal se rendeu: “é a nossa primeira vez aqui, estamos comemorando nosso aniversário de namoro e gostaríamos de uma experiência gastronômica inesquecível.”

Garçom sorri e pergunta ao maitre que sorri e pergunta ao gerente que sorri e pede um minuto.

Após vários “uns” minutos, vem o chefe de cozinha explicando com detalhes cada prato.

Só não pergunta a questão principal: “do que vocês gostam?”

Pagaram uma fortuna por um nhoque de mandioca banhado em tinta de lula e consumiram a maior parte da noite decifrando o cardápio e o atendimento.

Só não saíram brigados do local porque, como já disse, ele sorri e aceita.

Tenho sérios problemas com restaurantes cinco estrelas. Se a estrela for Michelin, entro em pânico.

Com raríssimas exceções (e vou adorar se você me indicar uma delas) o foco está 100% no cardápio e 0% no cliente que deve fazer o favor de provar e gostar.

Qualquer varejo funciona bem, mediante o equilíbrio do tripé: Produto + Ambiente + Atendimento. Se um dos pés não vai bem, os demais o sustentam.

Quem nunca comprou algo que não queria em função de um atendimento? Ou deixou de comprar porque a loja estava feia e abafada?

Marketing é composição de recursos utilizados de maneira eficiente para a satisfação do cliente. Simples de dizer, difícil de praticar.

Por isso, pare de dizer que sua marca é estelar e se detenha em observar se o seu brilho ilumina bem o seu público-alvo.

Do contrário? O final da canção que eu adoro, profetiza ameaças…

O amor soprou de outro lugar
Pra derrubar o que houvesse pela frente
Tenho que te falar
Essa canção não fala mais da gente

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