Caminhando pela calçada e percebo que preciso ir ao banheiro.
Avisto uma galeria de lojas e corro para resolver meu problema.
Ao sair do reservado, vejo uma mulher penteando os cabelos.
Olho, sorrio e penso: “O que deve estar fazendo aqui?”
Ela, me olha, não sorri e pergunta: “O que o Sr. está fazendo aqui?”
Antes de explicar sem muitos detalhes o que eu acabara de fazer, observei o ambiente com mais atenção e percebi que o banheiro era feminino.
Me desculpei, sorri e sai pensando sobre nossas motivações súbitas, capazes de nos direcionar a locais errados.
Já aconteceu com você?
Compras por impulso costumam ser assim.
Na pressa ou na emoção, compramos uma roupa, um eletrodoméstico e, algum tempo depois, nos perguntamos: “O que isso está fazendo no meu armário?”
Apelos emocionais fazem parte das estratégias comercias e funcionam bem para que o consumidor saia da sua zona de conforto e perceba relevância em questões ainda pouco familiares.
Trata-se de uma ótima ação para início de relação mas não garante a fidelidade do cliente.
Se não estimularmos esse recém-chegado com outras possiblidades de vínculo, ouviremos em breve: “O que estou fazendo nessa marca?”
Toda ação de relacionamento, inicia-se com uma etapa de apresentação mais institucional.
O mercado ainda não conhece o seu produto e precisa ser despertado.
Uma ação emocional e súbita, capaz de chamar a atenção, é bem-vinda, gera “buzz” e cria ambiente para o aprofundamento de conteúdo.
Entretanto, ela é apenas o início da estratégia comercial, não o seu fim.
Pense nisso em suas campanhas de geração de “leads”.
Assuste o “prospect” com ações inesperadas mas ofereça, na sequência, lenço, água, simpatia, atendimento.
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