Happy hour com amigos. Levanto-me e vou ao banheiro.
Na porta, uma placa “Be happy”.
Gostei, acreditei, entrei.
Movimento as mãos e as luzes se acendem.
Feliz, começo a resolver os meus problemas, a ser feliz.
De repente, a luz se apaga. Aflito, movo novamente as mãos. Nada. Braços. Nada.
Movo o corpo e a luz volta a acender.
Um pouco tenso, retomo minhas intenções e a luz se apaga novamente.
Desvio a rota, me visto e fico em um ritual de dança, tentando seduzir a lâmpada para que ela volte a me iluminar.
Convenço-a a me clarear por alguns segundos, suficientes para lavar as mãos e sair medianamente satisfeito.
A vida no escuro é tensa demais, e se os seus objetivos são específicos, o grau de incerteza aumenta.
Outro dia, fui convidado para um jantar às escuras.
Qual a ideia? Ampliar possibilidades sensoriais além do paladar. Você é vendado e se dirige a uma mesa na qual o menu será servido sem que seja visualizado.
Um uso inteligente de outras possibilidades capazes de tornar o cardápio mais rico em percepções.
Será que temos explorado bem essas ampliações de possibilidades em nossos produtos ou serviços?
O marketing nos ensina sobre o trabalho junto aos 4 Ps , produto, preço, pdv e propaganda. Lições básicas aos desafios do Mercado.
E além disso, o que pode ser feito?
Temos oferecido algo a mais do que o previsível e necessário ou nossos clientes ficam no escuro, caso avancem um pouco mais?
Pensemos nisso.
Sejamos fiéis às promessas que fizemos para atrair clientes, “Be happy”, lembra?, mas ousemos em outras possiblidades capazes de mantê-los acesos junto à nossa marca.
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