“A amiga genial” foi eleito o melhor livro do século XXI.
A narrativa sobre duas amigas, Elena e Raffaella, se unindo, competindo, brigando, fazendo planos, sonhando com um futuro melhor…é pura emoção.
Outra emoção é tentar saber quem é o autor ou a autora do livro. Na capa, se lê “Elena Ferrante” que é o pseudônimo de uma escritora italiana, cuja identidade é mantida em segredo. Escreveu oito romances e vários livros de não-ficção em italiano, desde 1991. Ganhou vários prêmios, mas nunca apareceu em público.
Fiquei pensando sobre o sucesso d“A amiga genial” e o que nós, pesquisadores de mercado, podemos aprender com ele.
- A curiosidade que nos move.
O mistério sobre a identidade de Ferrante sempre gera interesse pela sua obra. A ignorância deve nos mover à investigação, jamais nos acomodar.
- Histórias complexas contadas de um jeito simples.
Seus textos são agradáveis e nos provocam reflexões nem sempre óbvias.
A cada avanço, somos brindados com elementos que trazem novos olhares à trama e isto nos torna investigadores, além de nos despertar a autonomia analítica.
- Empatia em 1ª pessoa.
“A amiga genial” é narrado por uma das amigas, Elena, que divide conosco o seu olhar sobre os fatos, motivando-nos à interação.
- Detalhes marcantes.
O livro é cheio de detalhes narrativos que jamais se tornam cansativos. Pelo contrário, trazem um olhar mais apurado e agregador a novos pontos de vista.
Entendo que, além de sermos movidos pela curiosidade exploratória, devemos buscar a simplicidade interpretativa.
Como converter características em benefícios?
A empatia com o público-alvo torna-se o fator decisivo a uma campanha bem sucedida.
Buscamos a história do cliente, a experiência ao longo de sua jornada.
Não é tarefa fácil. Lidamos com a escassez de informações que atrapalha tanto quanto o excesso de dados.
Também lidamos com pseudônimos, declarações que ocultam a essência da verdade. O consumidor pensa uma coisa, fala outra e pratica uma terceira.
A genialidade em Pesquisas é uma construção semelhante à produção de um livro.
A inspiração lúcida, a transpiração dedicada e o tempo cuida do resto.
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