Passo em frente ao prédio que está sendo construído a alguns metros de casa.
São 6 horas da manhã e mais de 30 operários esperam na calçada.
Fico sabendo que o mestre da obra ainda não havia chegado e que ninguém tinha uma chave reserva.
Prossigo andando e pensando em quantas horas de trabalho estavam sendo perdidas ali, em função de uma chave.
Campanhas publicitárias também enfrentam ameaças pontuais.
Textos incorretos no tabloide, estoques mal dimensionados e, sobretudo, atendimento ruim. Chaves de insucesso capazes de transformar o encantamento da oferta aspiracional em dilema transpiracional.
Como evitar isso?
Difícil garantir 100% de tranquilidade, seja onde for.
Sempre haverá algo fora do enquadramento e, por isso, o que não pode faltar é um apoio ao cliente, informações capazes de situá-lo sobre os fatos, consequências e soluções.
Muitas empresas investem em serviços de atendimento ao público, destinam verbas consideráveis em equipamentos e softwares.
Entretanto, frequentemente, vejo carências no recurso humano, no atendimento empático e no foco em relacionamento. Atrair e reter “gente boa” é cada vez mais difícil, argumentam
Cientes disso, algumas empresas migram para o atendimento digital, o labirinto das unidades receptivas de atendimento, nas quais uma tecla apertada indevidamente pode nos levar do céu ao inferno.
Ainda sou otimista em relação ao atendimento humano.
Acredito que pessoas ainda queiram e possam ser atendidas por pessoas e isto pode e deve ocorrer, mediante um planejamento e uma operação bem desenhados.
Os funcionários da obra estavam esperando há quase duas horas. Entretanto, pareciam tranquilos. Haviam recebido as informações sobre o imprevisto ocorrido e o plano de ação adotado.
Informação acalma a mente e o coração. Gera credibilidade e constrói vínculos. É a chave da fidelidade e da longevidade.
Vamos tentar?
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