Acordamos nesta semana, vendo Cléo Pires sem um dos braços, na revista Vogue.
A mensagem “Somos todos paraolímpicos” buscava dar visibilidade ao evento, que ocorre, em setembro, no Rio de Janeiro. Apenas 20% dos ingressos foram vendidos até agora.
A peça atingiu seu objetivo, causou comentários, críticas, alguma comoção…
“A filha da Glória Pires perdeu um braço?” era a frase ouvi no ônibus…
Propaganda adora “buzz”…o tal ruído inicial capaz de levar a marca à boca do povo.
Adotando o “falem algo, falem de mim”, ganha espaço gratuito em mídia e atinge o “top trend” nas redes sociais…
Mas qual o efeito residual desta estratégia? Mais gente sabendo dos jogos? Mais interessados nos ingressos? Melhoria da imagem e conquistas dos deficientes?
Dizem que a Publicidade não tem pretensões formativas… ela apenas informa algo que pagou para ser comunicado.
Não vejo isso no Brasil, país em que o baixo nível escolar e a elevada exposição às mídias, fazem com que adotemos a TV e abandonemos os livros…
Por isso, campanhas colaboram à formação do que sabemos sobre o Zika, a Lavajato ou o terremoto na Itália.
Precisamos fazer o trabalho completo em termos de Comunicação.
Mostrar a Cléo Pires sem braço pode ser uma forma inusitada de chamar a atenção às Paraolimpíadas, mas por que será que os ingressos tiveram pouca procura?
Preço? Acessibilidade? Estas e outras questões também causam deficiência ao sucesso do evento e precisam sem tratados com menos barulho e mais foco.
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