“Você pagaria R$15,00 por um sanduiche na praia?”
Foi a pergunta que um amigo me fez, ao ver a Raquel Acioli circulando pelas areias de Ipanema, oferecendo o seu “pão integral com atum e vinagrete”.
Onde? Na novela da Globo.
“Vale Tudo” completa quase um mês e se ainda não atingiu a audiência esperada, já nos brinda com cenas de emoção e realidade.
Taís Araújo, a Raquel na história, tem um cardápio variado, qualidade nos ingredientes, sabor à primeira mordida e simpatia “ao gritar”: “olha o sanduiche da Raquel…muito melhor que o pastel!!!”
Mesmo assim, meu amigo achou a oferta cara.
Por que alguém considera algo caro?
Talvez por não perceber o tal valor agregado contido dentro ou fora do produto.
Qual o preço justo de um sanduiche na praia?
Depende do produto…da concorrência…da hora do dia…ou da sua fome.
Semana passada, ao sair do metrô, fui brindado com uma chuva torrencial, a 3 quadras de casa.
Sorridente, um senhor me ofereceu uma capa de plástico por R$20,00. Como eu não tinha pressa, achei caro e esperei a chuva passar.
Preço traduz relevância e pertinência, um senso de oportunidade para atender determinada necessidade, em um momento exato.
Se você foi ver o show do Gilberto Gil, no estádio lotado, e alguém passa ao seu lado, oferecendo uma cerveja, talvez pague “um pouco mais” pela latinha.
Mas se a oferta for maior que a demanda, o preço certamente vai cair.
Talvez essa seja a pista para o valor agregado. Criar percepção de exclusividade e benefícios aparentes, ao coração ou à mente.
A Raquel da novela está progredindo. Já contratou equipe de vendas e tem recebido ofertas a outros trabalhos.
Espero que a ampliação do seu negócio não a ameace com uma queda da qualidade e do posicionamento de mercado, algo bem comum aos empreendimentos que crescem.
Afinal de contas, o nome da novela é Vale Tudo, mas o seu produto vale quanto pesa. E esse peso não está só na balança.
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